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Nós somos Andreza, Anna Kelly, Jéssica,Mayara, Mônica, Sabrina e o nosso novo integrante Aldemir apresentamos: O Blog informativo PORT. 3006. Neste blog mostraremos várias novidades relacionadas à educação, a língua portuguesa, ao vestibular e muito mais para que você possa ficar por dentro de todos esses assuntos. Procuraremos abordar temas atuais com o objetivo de mantê-lo bem informado. E também mostraremos as atividades feitas ao longo do ano nas aulas de português.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

mona lisa (conto)

Mona lisa


Aguardava ansioso para falar com a pessoa com quem eu precisava naquele dia, quando entrou na ante-sala em que aguardava, uma mulher, um pouco rechonchuda, cara amarela, um sinal enorme no rosto, era acompanhada por uma criança que parecia ser seu filho, coma mesma fisionomia daquela mulher, com apenas uma diferença: seu rosto era mais amarelo e possuía marcas de sofrimento, denunciava claramente que não tinha conhecimento da situação em que se encontrava.
Aquela senhora dirigiu-se a mim, deu-me um discreto e vergonhoso “bom dia”, dirigiu-se á recepção para obter algumas informações a respeito de como conseguir ajuda, precisava de alimento, roupa, qualquer coisa que para nós fosse desnecessário e para ela, o essencial para viver.
Pediu á moça da recepção qualquer coisa que estivesse ali á disposição, explicou-lhe que estava desempregada e que não tinha nada para comer. A funcionária olhou para ela desconfiada, pensando que fosse mais uma daquelas que se aproveitam daquilo e daqueles que possuem a virtude de ajudar as pessoas.
Mas não, o olhar daquela mulher, o jeito de se comportar, demonstrava que era uma pessoa calejada pela vida, que a oprimiu com crueldade e sem piedade. Aquela mulher por incrível que pareça sonhava.
Não posso deixar de tornar evidente e ressaltar que o rosto dela me deixava intrigado.
Enquanto conversava com a funcionária, com quem escolhia algumas roupas, percebi que o seu rosto como o da bela Mona Lisa de Da Vinci, possuía um mistério, um enigma. O rosto de Mona Lisa esconde um sorriso e um não-sorriso. O daquela mulher não escondia isso, escondia, pelo contrário, a tristeza, a vergonha de se deparar com aquela situação humilhante, não necessariamente aquela daquele dia, mas a da sua vida. Para mim, o que mais predominava era a não-vergonha, pelo fato de não ter sido a primeira vez que se humilhava pedindo ajuda, aquilo fazia parte do seu dia-a-dia, era acostumada ao que a vida lhe fazia.
Em um momento me fitou e olhou-me bem nos olhos e fui tomado por uma introspecção que comumente acontecia comigo, mas não naquela profundidade, eu mergulhei no seu olhar, e pude ver seus sonhos, anseios, senti suas tristezas, sofrimentos a ponto de esmorecer, de ficar fraco de tanto sofrimento que senti. Não era da mesma cidade que eu, era de uma outra ,viu seu pai ser morto por traficantes, sua mãe morreu quando tinha seis anos, viveu até os quatorze anos com seu pai, quando este foi morto já havia se apaixonado por um rapaz do mesmo ramo de seu pai: traficante.mudou-se para seu barraco, já que o de seu pai fora tomado, não demorou muito para que esse homem a maltratasse, mas ela o amava, por mais que sofresse não o abandonava, ele não ligava para isso e nem se importava em retribuir um pouco daquele amor, ao contrário, traía a mulher em seu próprio quarto, enquanto ela escutava da sala, o riso de seu marido e de suas companheiras se “divertindo”.
Apesar de tudo isso, ela engravidou, pensou que seu marido poderia mudar, mas isso não aconteceu, ele a abandonou aos quatro meses de gestação, teve que se “virar”, fazer “das tripas, coração” para conseguir ter e criar seu filho, aquele garoto que lá estava.
De repente voltei a mim e pus-me apensar naquele garoto que desde o ventre já tinha seu destino traçado, não precisava ser nenhum vidente para prever o seu futuro, o que esperava por ele, era a miséria, o desemprego, a ignorância, um futuro não muito diferente do resto dos brasileiros espalhados pelas favelas, sertões e outros lugares deste país.
Esse meu momento foi interrompido pelo barulho do sino que tocava em uma igreja ali perto, a melodia desses sinos anunciavam alguma coisa, não sei exatamente o quê, mas seu repicar não era alegre, era triste, mas ainda assim anunciavam. Sacudi a cabeça para fazer aquele pensamento fugir da minha cabeça, e pensar em alguma coisa boa, para aquela mulher e seu filho, seria difícil, tanto que não consegui.
Escutei um discreto e mais uma vez vergonhoso “adeus”, mais alguns minutos a mulher descia as escadas que davam acesso á rua, estava feliz de ter conseguido alguma coisa que pudesse temporariamente passar sua fome e aquecer seu frio.
Bebi uma água e olhei para o relógio, joguei o copo na lixeira, foi quando ouvi o som de pneus arrastando no asfalto, provavelmente em uma tentativa de freio e em seguida um barulho maior, olhei pela janela e reconheci uma mulher que acabara de sair estirada no chão, com uma enorme possa de sangue ao seu redor. Sentei, respirei, chorei.


Aldemir Almeida

CONTOS

Neste 4º bimestre nós alunos da turma 3006 ficamos encarregados de escrevermos um conto, onde já foi reslizada uma pesquisa sobre contos no 1º bimestre.
Neste cantinho do Blog iremos publicar nossos contos, no qual nós mesmos seremos o personagem principal, aqui você poderá conhecer um pouco de nossas vidas a partir de momentos que serão mostrados nos contos.

PREFÁCIO

Meu nome é Mônica Guimarães de Azevedo, tenho 17 anos, moro em São Gonçalo com minha familia e estudo na mesma cidade em uma ótima escola pública o Colégio Estadual Walter Orlandine.

Amo ler, com a leitura eu viajo para lugares nunca antes conhecidos e adquiro muito cohecimento, porém não tenho muito jeito para escrever, nunca tive muita criatividade para isso, só mesmo em trabalhos escolares.

Ao escrever este conto tive o privilégio de sentir uma grande liberdade de poder passar para o papel todas as emoções sentidas em momentos da minha vida.

Neste conto irei descrever parte de um momento de minha vida de muita tensão e tristeza, mas que apesar de tudo foi muito importante para mim . Com o título Momentos para mostrar que a vida é feita de momentos, sejam eles felizes ou não, mas que devemos passar por todos eles para amadurecermos



Momentos


Em uma das minhas férias, ah que férias! Seu eu soubesse que essas sim marcariam a minha vida e meus pensamentos. Férias para mim sempre foi sinônimo de descanso, alegria, passeio com os amigos etc.
Em um desses dias alegres eu andava e cantarolava a espera do relógio marcar o horário combinado com minhas amigas para sairmos e aproveitarmos nossos dias de folga.
Quando de repente ouço uma voz, sim essa voz é familiar! Era meu pai me chamando pelo nome e quando eu atendi, olhei em seus olhos e vi um olhar triste, vago, brilhando como as estrelas que no infinito do céu brilham sozinhas a espera de um olhar. A expressão do meu pai me preocupou. Ah como eu poderia imaginar?! Que um dia aparentemente tão normal seria um dos piores dias da minha vida
E ele com uma voz doce e suave me dizia para sentar e acalmar o coração.Lembro e sinto com se fosse hoje a sensação que tive de perder os sentidos, minha perna cambaleava e então eu cai. Parece que em um sono profundo. Não sabia onde estava ou o que havia acontecido. Só conseguia me lembrar do olhar e da voz do meu pai. Aquilo mexeu comigo e fixou em meus pensamentos. Isso se passou em alguns minutos.
Em um rápido movimento vi uma luz ao fundo, meu pai me acudindo e pedindo para eu ser forte. Aos poucos fui abrindo os olhos, enxergando tudo ao meu redor e pior lembrando de tudo. Ai, meu Deus! Não pode ser verdade! E em grande desespero abracei meu pai, nesses abraços duradouros, raros, pois meu pai nunca foi de muitos carinhos, mas sempre deixou bem claro seu amor e sua preocupação por nós e desatei a chorar, daqueles choros que limpam a alma e curam todas as feridas.
E eu dizia: -- Não pode ser verdade, pai! Não quero acreditar! Minha avó, minha avozinha querida.
E ele respondeu: --Eu sei minha querida, mas ela precisava descansar. Ela estava sofrendo demais naquele hospital.
E isso me fez lembrar do dia que minha avó foi internada. Era um dia de carnaval e eu voltava de uma festa com meus amigos. Mal me despedi de todos porque logo percebi acontecera algo, pois meus tios, primos e vizinhos, todos ali em frente a minha casa. E quando entrei me deparei com minha avó inconsciente. Foi apavorante ver minha avó ali deitada, eu só conseguia chorar e rezar e ao vê-la sendo levada por uma ambulância. Me senti tão impotente.
Entretanto algo pior estava por vir e infelizmente veio. Sim para mim velórios nunca deveriam existir. São tão tristes e melancólicos.
Após ver minha avó ali deitada, em um caixão, sem vê-la durante cinco meses, me fez pensar o porquê de tudo aquilo estar acontecendo, não conseguia entender e pensei que nunca conseguiria, mas hoje vejo e sempre lembro das palavras do meu pai quando acabei de jogar as últimas pétalas de rosas no túmulo da minha avó. Que momento triste esse do último adeus!
E no seu abraço confortante ele dizia:
--Saudades sempre existirão, pois significa que você sente falta de algo que foi muito bom. Guarde as lembranças de sua avó bem aqui_ e colocou sua mão em meu coração_ lembranças boas, saudades boas.
E esse momento eternizou-se em meu coração. E eu entendi que na vida não existem só momentos de felicidade, temos que passar por momentos tristes para superarmos nossos medos e amadurecermos. Pois são os momentos que me fazem crescer.

domingo, 4 de outubro de 2009

PROJETOS DE INCENTIVO A LEITURA PROMOVIDOS PELO GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO PARA AS ESCOLAS PÚBLICAS

Leitura, caminho para o desenvolvimento de uma nação

Hoje, além da exclusão social imposta a milhões de analfabetos absolutos no mundo – que não sabem ler nem escrever – o analfabetismo funcional, aquele que compromete o uso da palavra escrita, condena outras tantas milhões de pessoas a situações de perda da produtividade e até de falta de oportunidades de emprego. Tanto a alfabetização quanto o novo conceito de letramento (Literacy), entendido como “a capacidade dos indivíduos de processar a informação recebida de forma escrita no uso da vida cotidiana”, são preocupações de todas as nações no mundo globalizado. É importante destacar que, no cenário mundial, desde a década de 1980, várias iniciativas vêm sendo adotadas na área do livro, da leitura e das bibliotecas, com a criação de associações profissionais, espaços infantis de leitura nas bibliotecas públicas e escolares, passando por avanços tecnológicos nas indústrias editorial e gráfica. Mas tem havido, principalmente, o apoio, por meio de políticas públicas para a criação de sistemas públicos de bibliotecas, a ações de incentivo à leitura e à valorização da formação profissional de bibliotecários.
Calcula-se que somente um percentual de 25% da população brasileira seja capaz de dominar a escrita. Segundo o Instituto Paulo Montenegro, o analfabetismo funcional atinge 68% da população brasileira entre 15 e 64 anos. Estima-se que isto provoque, no Brasil, uma perda na produtividade equivalente a US$ 6 bilhões anuais. Na luta para combater o problema, é relevante o lugar do Rio de Janeiro, que sempre esteve na vanguarda cultural do país.
Neste sentido, foi criado pelo Decreto nº 38.365, de 5 de outubro de 2005, o Conselho Estadual de Leitura (CONSEL/RJ), órgão consultivo da Secretaria de Estado de Cultura, cuja finalidade é formular a política pública para o desenvolvimento da área do livro e da leitura no Estado do Rio de Janeiro. Preocupado com esse cenário desfavorável sobre a leitura em nosso estado, e cumprindo a função designada no referido decreto, o CONSEL vem propor diretrizes a serem consideradas pelo próximo Governo do Estado do Rio de Janeiro.

Contexto local

O Rio de Janeiro tem uma situação diferenciada no cenário nacional no que se refere a questões de leitura, pois foi o primeiro estado da federação a contar com, pelo menos, uma biblioteca pública em cada um dos seus 92 municípios. Temos um total de 158 bibliotecas públicas em todo o Estado do Rio, sendo 147 municipais, 10 estaduais e uma federal, além da Biblioteca Nacional. Contamos também com 88 editoras, 21 distribuidoras e 137 livrarias no Estado do Rio, o que caracteriza uma boa rede de instituições voltadas para a questão do livro, além de instituições voltadas para a questão da leitura. Entre elas, destacamos a Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ), entidade sem fins
lucrativos fundada há 38 anos, cuja missão é difundir a leitura e a boa literatura infantil e juvenil no país.
Temos, ainda, a Lei n° 4.077, de 7 de janeiro de 2003, que dispõe sobre a criação da Política Estadual do Livro e dá outras providências; o RioLer, Programa Estadual do Livro e da Leitura, que procura traçar as diretrizes para uma Política Estadual do Livro e da Leitura; e o Conselho Estadual de Leitura
(CONSEL/RJ) cujos objetivos encontram-se acima explicitados.
Por outro lado, a crônica falta de contato com a leitura, principalmente entre as pessoas em
desvantagem social, aponta para a necessidade de se avançar no sentido de formular políticas públicas estaduais, que levem em consideração a situação da população local e o desenvolvimento econômico e social desejado. Estudos demonstram que a cada ano adicional de escolaridade nos ensinos médio ou superior de um cidadão, eleva-se a renda per capita em meio ponto percentual por ano. Devido à amplitude do tema, foram definidas ações básicas que, no entender do CONSEL,dariam mais força à política pública para o livro e a leitura no Estado do Rio de Janeiro. São elas:
􀂾 Fomentar ações visando a estimular o hábito da leitura;
􀂾 Fortalecer a importância do livro, da leitura e das bibliotecas públicas, escolares e
comunitárias;
􀂾 Dinamizar e democratizar o acesso ao livro;
􀂾 Ampliar e modernizar as bibliotecas públicas e escolares;
􀂾 Apoiar o mercado editorial do Estado do Rio de Janeiro;
􀂾 Preservar o patrimônio literário, bibliográfico e documental do Estado do Rio de
Janeiro;
􀂾 Estimular a produção do autor fluminense;
􀂾 Promover, no âmbito do CONSEL/RJ, a ação conjunta entre as Secretarias de Estado de
Cultura e de Educação.